sábado, 2 de janeiro de 2010

Duda (meu irmão) e Adriana


Estes foram os salvadores da pátria. Graças a eles nós pudemos nos casar, pois emprestaram as alianças de uma forma muito prestativa. Foi um ato que ajudou a reafirmar nossa amizade e consideração, pois nem tudo é perfeito em família, mas o acaso e a grandeza de espírito ajudam a aparar arestas e fazer com que as coisas voltem ao seu eixo habitual.
O meu irmão Duda era a pessoa mais ligada a mim durante boa parte da minha infância. As lembranças que tenho daquela época, todas elas trazem a figura do Duda ao meu lado. De nós dois, ele era o mais esperto e mais safo. Quando havia alguma coisa quebrada, ele pegava para mexer e tentar consertar. Eu não tinha paciência com aquilo. Ele sempre foi uma pessoa de um coração enorme, um cara prestativo e muito bom filho. Sempre achei que, de nós três, ele seria o filho com mais vocação para seguir os passos do meu pai como comerciante. Não estava errado, pois ele é muito competente naquilo que faz e o meu próprio pai reconheceu isso uma vez para mim: "ele é muito bom vendedor". Palavra de alguém que entendia a fundo do assunto.
Saudades dos nossos aniversários quando nossa mãe mandava fazer um bolo enorme e reuníamos a vizinhança para comemorar a data festiva com os amigos. Saudades do companheiro de brincadeiras que aguentava o irmão mais velho chato implicar e impor a sua vontade. Saudades de assistir junto com nosso pai aos seriados "O Homem de Seis Milhões de Dólares", "Nakia", "Kojak" e outros mais. Orgulho de ser padrinho dos seus filhos, sobrinhos queridos por quem tenho muita consideração. E essa mesma consideração eu dedico à minha cunhada, Adriana. Pessoa a quem admiro pela maneira como se doa à família. Toda vez que olho para meus sobrinhos, me conforto em saber que eles têm um exemplo de mãe dedicada e amorosa com os filhos.

(foto de Felipe Goifman e Glenda Rubinstein)

Roberto

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