segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As Madrinhas da Noiva


Feitos os convites para a honraria de ser padrinho ou madrinha a um amigo ou familiar querido, ficamos surpresos com as reações, que foram as mais diferentes, mas todas cheias de muito afeto e alegria.
Quanto às minhas madrinhas queridas tenho muito a dizer, o quanto são especiais em minha vida e o quanto fazem parte do que eu sou. A primeira amiga que intimei para esta função foi a minha grande amiga Elaine. Além do meu profundo apreço pela pessoa determinada , admirável e amorável que ela é, é fato que ela acompanhou uma boa parte dos capítulos da minha vida amorosa até os dias atuais, sempre com bons conselhos e uma escuta sincera e ponderada. Ou seja uma amiga que qualquer mulher solteira deveria ter. Portanto esta conquista também é um pouquinho de cada um que ,em meu caminho, contribuiu de alguma forma para que eu me tornasse uma pessoa melhor. Outro detalhe: a Elaine ganhou certo reconhecimento durante a faculdade por não ser uma "festeira muito assídua", diante do risco que eu corria, preferi colocá-la no altar e garantir a sua concorridíssima presença. Afinal não seria a mesma coisa sem ela!
Como sou filha única, tive as minhas vivências de ter irmãs com as minhas primas mais próximas :Andréa, uma irmã mais velha, que às vezes parece mais nova, com quem compartilho a sensibilidade musical, a alma de artista, a determinação e a coragem para buscar os próprios sonhos, além é claro do amor pelo seu filhote, o Murilo, que é meu afilhadinho e do Roberto. Que confiança hein! Fiquei contente, pois no fim das contas, eu como filha única, nem pra titia ficaria!rsrs . Nas minhas lembranças mais remotas a Déia sempre está com um livro estudando. Eu ficava admirada e não entendia como ela conseguia ficar tanto tempo estudando. Ficava ali compenetrada , quase alheia ao mundo ao redor; mais um motivo para que eu ficasse ali só olhando como que querendo descobrir qual seria o segredo. Não foram só rosas passamos por momentos difíceis e foram justamente estes momentos que nos aproximaram sobremaneira e nos tornaram ainda mais cúmplices e companheiras.
Adriana, também cerca de uns 10 anos mais velha. Eu era a irmã pirralha que queria mexer nas suas coisas , comer seus doces, usar seus batons, etc. Mas minha tia , que como ótima mãe substituta, fez seu papel direitinho para me proteger das irmãs mais velhas, e contribuiu para que hoje eu fosse esse dengo só, que o Roberto parece se perguntar de onde surgiu tanto mimo: me protegia com unhas e dentes e ai de quem encostasse um dedinho em mim. Sempre me lembro da Adriana inventando mil coisas, ainda adolescente aproveitava seus dotes artísticos para lhe trazer algum rendimento. Pintava camisas lindas que faziam o maior sucesso, confeitava bolos, criava bijus, etc. Até hoje é ela quem dá as opiniões sobre roupa , maquiagem, sapato, o que combina com o que. Além de adorar uma festa é claro. Planejar festa e botar todo mundo pra trabalhar é com ela mesmo.
Stella, minha prima paterna, nascemos no mesmo ano, com 3 meses de diferença apenas. É fácil folheando os albuns de fotografia se deparar com fotos nossas com roupinhas combinantes, de modelinho igual e cor diferente. Ciúme, havia sempre, qual a criança que não acha que o do outro é melhor? Vivenciamos as mesmas fases, trocamos segredos, não com tanta frequência, pois ficávamos mais próximas apenas nas férias escolares, quando eu praticamente me mudava de mala e cuia pra sua casa, pra desespero dos nossos pais. Brincamos e brigamos muito. Brigas de criança, mas no final o que queríamos mesmo era aquela festa que aprontávamos. Queriamos no carnaval que a vovó fizesse uma fantasia combinando para todos, inventávamos brincadeiras, adorávamos passar fins de semana na casa da vovó, com o vovô sempre mostrando algo interessante pra nós. Fazíamos daquele imenso quintal de terra tudo que a nossa imaginação mandasse, sempre com o estímulo alegre e acolhedor da vovó, que pra tudo tinha um jeito. Criávamos campos de golfe, vias movimentadas, casas imaginárias e coleções de bolo de terra (tudo fresquinho..rsrs).
Agora é só esperar para curtí-las no altar!