sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Londres V

A Débora estava se sentindo mal na manhã do quinto dia de viagem e preferiu ficar no quarto durante a metade inicial do dia. Só tomamos café e ela voltou ao quarto para descansar. De minha parte fui visitar um outro museu importante, a National Gallery. O acervo do museu é vasto e bem variado, com destaque para pintores holandeses, italianos e de outras localidades da Europa. A parte sobre o renascimento é muito ilustrativa do período e bem interessante. O museu é composto por 4 alas e nem preciso escrever que é impossível ver tudo. Por meio de um audioguia e o mapa do museu, concentrei minha visita nas obras principais e algumas outras que também são famosas. Foi muito instrutivo e agradável, além de eu poder rever um quadro sobre a história de Santa Úrsula, cuja odisséia também é contada em enormes paineis num museu de Veneza.
A National Gallery fica de frente para a principal londrina: Trafalgar Square, uma espécie de Cinelândia inglesa visto que as reuniões de cunho político em massa acontecem ali. Na extremidade da praça, os famosos leões, cujas imagens guardo até hoje da viagem anterior.
Voltei ao hotel no início da tarde e fui almoçar junto com a Débora. Aproveitamos o restante do dia para conhecer a Torre de Londres, antiga fortaleza e prisão londrina. Atualmente é o local onde estão guardadas as joias da coroa, expostas à visitação pública. O passeio é bem agradável assim como as histórias que se passaram no local. Fico imaginando Ana Bolena, ex-esposa de Henrique VIII, presa naquela fortaleza no inverno...Devia ser torturante viver ali confinada.
Na parte da noite fomos conhecer um shopping center enorme e luxuoso chamado Westfield. São tantas lojas ali dentro que é impossível ver tudo de uma vez só e com pouco tempo. Felizmente, as lojas são agrupadas por categorias e aproveitamos, mais uma vez, para visitar lojas de criança e comprar as roupinhas da Valentina. Retornamos cansados ao hotel.

Roberto

Londres IV

No quarto dia de viagem pegamos o metrô e saímos pela estação Westminster, de onde se avistam duas atrações principais: o parlamento e a abadia de Westminster. Infelizmente, havia esquecido meu cartão de memória no hotel e não pude tirar fotos. Também não entramos nos dois locais citados visto que as visitas aos interiores são pagas e no caso do parlamento é obrigatório marcar um tour previamente. Junto ao parlamento encontra-se um dos marcos de Londres que é o Big Ben. A visão que se tem do parlamento a partir da ponte vizinha que atravessa o rio Tâmisa é muito bonita. Outra atração mais recente e igualmente famosa na região é a roda gigante London Eye que fica ao lado do aquário de Londres e de um centro de lazer chamado County Hall. O ingresso para London Eye dá acesso a uma projeção 3D (que utilizam aqueles óculos) sobre os pontos turísticos de Londres e a própria London Eye e ao passeio na roda gigante, cujo embarque se faz para dentro de diversas cápsulas. No interior das mesmas tem-se uma visão panorâmica das cercanias do Tâmisa. Mais uma vez a visão do parlamento impressiona os turistas que estão na London Eye. Um helicóptero passou bem ao lado da roda gigante e tivemos a sensação real da altura em que nos encontrávamos. Muito engraçado foi um grupo de turistas brasileiros que estavam na mesma cápsula. Pareciam ser do interior de São Paulo pelo sotaque que apresentavam. Um dos caipiras perguntou pro grupo: o que é que funciona ali perto do Big Ben mesmo? Muito hilariante...
Restante do dia dedicado às comprinhas da Valentina...

Roberto

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Londres III

No terceiro dia de viagem fomos a Windsor, cidade onde existe o castelo da família real e que está localizada a 30 minutos de viagem de trem da capital inglesa. O percurso começa na estação de Paddington, no mesmo bairro onde estamos hospedados, e os trens saem em intervalos curtos e regulares. Da estação de Windsor pode-se ir a pé até o castelo real. O bilhete de entrada dá direito a um audioguia que nos conduz pelo interior do castelo. Por ser habitado e receber convidados regularmente há um esquema de segurança rigoroso em torno dele. O passeio dura em torno de uma hora e meia e podemos conhecer o exterior e as salas com finalidades diversas. Tudo é muito suntuoso e bem cuidado, pois os aposentos recebem a família real normalmente. Lembro que na visita que fiz há mais de 10 anos não pude conhecer os aposentos porque uma parte do castelo havia sido destruída pelo fogo. Atualmente essas alas foram reconstruídas e ficaram com um aspecto de novo em folha, no entanto muita coisa é réplica do que existia. Os tetos foram todos reconstruídos na parte destruída pelo incêndio e ficaram com um aspecto que embeleza bastante o restante da construção. A visita é muito instrutiva e o interior do castelo é deslumbrante, impressiona mais que o palácio de Versalhes. O castelo era um antiga fortaleza e situa-se num local alto da cidade. O comércio local gira em torno da estação de trem e do castelo, não há nada mais além disso.
No retorno para Londres fomos a Oxford Street comprar algumas coisinhas para Valentina. A rua é uma vida de mão dupla, apinhada de gente para todos os lados. Nos horários de pico há engarrafamento de pessoas para atravessar algumas ruas. Há lojas para todos os gostos, desde as que trabalham com grifes famosas, lojas de departamento, outras que lidam com marcas populares e até uma loja enorme de brinquedos que eu nunca vi igual. São diversos andares com brinquedos de todos os tipos.
O londrino é um sujeito que está sempre com pressa, nos horários de início e fim de expediente, eles passam como um foguete por você. Lidam com o turista de forma cordial e tudo é precedido por um please, excuse me e termina com um thank you ou have a nice day. Não há grosserias gratuitas ou respostas mal educadas. É um povo fechado, percebo isto porque no interior dos vagões do metrô, quase todos estão lendo jornais, livros ou papeis do trabalho ou então estão mexendo no celular. Parece ser um mecanismo de defesa para não terem que interagir uns com os outros. Raramente se encontra alguém falando ao telefone celular no interior do vagão, quando isso ocorre eles falam bem baixinho. Ao embarcar nos trens, os que estão fora esperam todos que estão dentro desembarcarem primeiro. Realmente, em certos aspectos não me sinto um peixe fora d´água aqui, como acontece no Brasil...

Roberto

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Londres II

Nosso segundo dia em Londres começou pela estação de Paddington. Ali compramos dois – caros – passes de uma semana, os Oyster cards. Na versão mais adequada para turistas, ele dá direito à viagens de metrô e ônibus ilimitadas durante uma semana. Muito prático porque não precisamos ficar nos preocupando com compras de passagens.
O metrô de Londres é enorme, em muitas estações passa mais de uma linha e em diversos pontos é preciso fazer baldeação para se chegar ao destino desejado. Mas, com um mapinha na mão é possível ir a qualquer lugar. As indicações de direções nas estações também são muito adequadas. Em geral, os trens são pontuais e, eventualmente há atrasos ou cancelamento de viagens, pois imagino que numa malha tão extensa, a possibilidade de falhas e problemas também seja grande. Mas, em termos de eficiência comparada ao metrô do RJ, dá de dez a zero tranquilamente. Nos horários de pico, as estações ficam lotadas, mas em nenhum momento passamos os sufocos típicos do metrô carioca nos horários de rush.
Após descer na estação South Kensigton, fomos ao Museu de História Natural. Como diversos museus londrinos, este é “de grátis”. Uma pequena fila nos aguardava e em pouco tempo estávamos dentro. Das minhas recordações da visita à Londres há mais de dez anos, não vi mais o dinossauro (réplica) que ficava do lado de fora. De resto, o museu continua colossal e o destaque fica por conta da seção sobre dinossauros. É tanto dino que até enjoa. O boneco animado do T-Rex continua lá, assim como todos aqueles maravilhosos. Acho difícil algum museu bater o de Londres no quesito dinossauros. Há outras seções menos interessantes, mas é impossível ver tudo de uma vez só. Como é de graça pode-se voltar várias vezes e visitar com mais calma, mas aí o tempo corre e não vemos mais nada da cidade. Outra novidade é que agora o museu conta com um anexo – não tão interessante – chamado Darwin Center.
Do Museu de História Natural fomos para o Victoria & Albert, outro monumental museu de arte, com peças de vários continentes e de várias épocas. Tudo também de graça. No entanto, mal começamos a visita e a Débora sentiu-se mal por causa da gestação. Na verdade, ela estava muito cansada. Resolvemos voltar para o hotel, onde ela ficou descansando. Deixei-a dormindo e fui conhecer o Museu da Ciência, cuja entrada era gratuita, pra variar. Outro museu monstruoso com invenções de todas as épocas e de várias partes do mundo. Não consegui ver tudo, obviamente, e preferi deixar algumas partes para outra hora ou outra visita a Londres no futuro.
Voltei para o hotel no final da tarde e dali fomos para Oxford Street, a principal rua de compras de Londres. No próximo post entro em mais detalhes sobre essa via comercial.

Roberto

Londres

Viajamos ontem (10/10/2010) do Rio de Janeiro para Londres: eu, Débora e nossa filhinha em gestação, Valentina. Levamos cerca de 12 horas para chegarmos à capital inglesa e, para sorte nossa, o tempo estava excepcionalmente bom. Temperatura agradável de 20 graus e céu azul. Espero que continue desta maneira durante nossa visita inglesa.
O aeroporto de Heathrow é enorme, mas tudo é muito bem sinalizado e as pessoas são razoavelmente disponíveis para informações. Após reservarmos nossos assentos no voo de volta daqui a 10 dias, pegamos o Heathrow Express, um trem rápido que nos deixou em 15 minutos na estação de Paddington. Achei o preço da tarifa (18 libras) caro para a duração da viagem, mas o transporte é muito prático, rápido e os bilhetes são comprados em máquinas perto das plataformas. Da estação fomos a pé até o hotel, um percurso de menos de 10 minutos. As ruas em torno da estação de Paddington são cheias de pequenos hotéis como o que estamos hospedados. Após um jantar rápido nas redondezas, voltamos para o hotel. Estávamos cansados pela noite mal dormida no avião.

Roberto