quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lua-de-mel (6)- Coliseu e Piazza D'Spagna


Nosso sétimo dia de viagem em Roma começou com o café de manhã no hotel. Por ser um hotel pequeno, quase uma pensão, ele é todo administrado por uma senhora italiana simpática chamada Lucia. Ela faz praticamente tudo: abre a porta do hotel, serve a refeição, guarda as malas na recepção e outras coisas mais. Incredible! No domingo quando chegamos ela estava acompanhada do marido, um senhor italiano simpático também, e de uma mulher mais nova, não sei se a nora ou filha. Esta moça e o filho dos donos do hotel eram mais fluentes no inglês, no entanto menos visíveis por ali.
Pegamos nosso Roma pass e começamos a usá-lo no metrô. Muito simples, colocam-se informações básicas do turista à caneta e depois é só passar pela catraca da estação. A máquina valida o cartãozinho e você pode utilizá-lo nos próximos 3 dias. Da estação Manzoni fomos até Colosseo, onde estava a atração homônima que iríamos visitar. Basicamente são 2 pavimentos aberto à visitação e por meio de um audioguia fomos seguindo o percurso sugerido pelas instruções. No centro do coliseu, parte da arena foi reconstruída para dar uma ideia de como seria naquela época. O restante da edificação constitui-se em corredores e passagens, com diversos fragmentos rochosos dispersos e colocados nas laterais das paredes. Não há muito o que se fazer por ali, exceto observar os locais de visitação, imaginar como seriam as batalhas de gladiadores e relembrar o filme do Ridley Scott.
Saímos do Coliseu e fomos andando pela via Foro di Imperiali. É uma rua larga construída a mando de Mussolini e que corta o centro antigo ligando o Coliseu aos Fóruns imperiais e a Praça do Capitólio. Retirou-se muito material arquieológico e passou-se por cima de muitas construções antigas para abrir esta rua. Projeto polêmico na época da construção.
Da própria rua observamos as ruínas dos outros fóruns de Roma: o de Nerva, Trajano (junto com o mercad de Trajano) e o de Augusto. Ali vale a pena ter o guia de viagens na mão para ler as observações sobre os locais, visto que são sítios menos visitados e sem audioguias, bilheterias etc. Destaque para a coluna de Trajano, bem na lateral do Fórum de mesmo nome.
Seguimos pela via Del Corso, atravessamos suas calçadas estreitas, paramos para tomar um sorvete e olhamos as barracas de camelôs numa das transversais. Nosso objetivo era chegar à Fontana di Trevi que estava próximo dali. Ela é reluzente, linda, as esculturas e a fonte de água propriamente dita se complementam e parecem dialogar com a multidão que fica em volta, tirando fotos ou apenas apreciando. Um imigrante cobra 5 euros para tirar fotos dos visitantes da fonte. Crianças brincam junto aos blocos de pedra que se continuam com a parte esculpida e que mostra Netuno ao centro, majestoso e parecendo posar para as fotos dos turistas. Um cartão-postal inesquecível da viagem.
Eu queria chegar logo à Praça de Espanha, pois sabia que havia um escritório do AMEX ali e necessitava trocar cheques-viagem. Qual não foi a minha surpresa descobrir que a própria AMEX naquele local cobrava 3% de comissão para trocá-los!! Perguntei se existia algum banco que não cobrava a taxa e o atendente me informou que ali era onde pagaria a menos taxa. Pensei comigo mesmo, pra que servem estes cheques que ninguém aceita na Europa e que, particularmente, na Itália ainda cobram essa taxa. Quando fomos à Lisboa já sabia que cobrariam taxas e nem troquei cheque algum no Brasil, mas na Itália, a informação era que existiam locais livres dessas comissões. Saí de lá contrariado e fui revisitar as escadarias da praça. Minha segunda desagradável surpresa é que colocaram provisoriamente uns tapumes pintados com lembranças da queda do muro de Berlim. Isto é, algum gênio de muito mau gosto teve a ideia de colocar aquelas coisas horrendas e sem ligação estética alguma com as escadarias e estragou a vista que teríamos da tradicional Praça de Espanha. A música que tocava – um rock chato e antigo – complementou o pano de fundo sem nexo estacionado no meio dos degraus da escada. Em compensação, a vista lá de cima é muito bonita e pude identificar a coluna de Trajano ao longe.
Volamos ao metrô e salamos na estação Otaviano, destino final era a basílica de São Pedro.

(continua...)

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