quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lua-de-mel (2)-Sorrento e Pompéia


O trajeto entre Sorrento e Nápoles é feito por um tipo de metrô velho, no trajeto que eles denominam de Circunvesiana. Identifiquei 3 linhas e a distância coberta é bem extensa. Pelo caminho vamos fazendo paradas em várias cidadezinhas, com nomes que desconheço, exceto Pompeia.
Chegamos à Sorrrento sob chuva. Apesar do trajeto da estação ao hotel ser relativamente curto – fomos descobrir depois – preferimos um táxi devido ao desconhecimento do lugar e às condições climáticas. Os procdimentos de costume no hotel, um passeio à noite para encontrar um lugar para jantar e olhar algumas vitrines. A cidade é muito pequena, resume-se a uma rua principal e as praças interpostas pelo caminho. Chama a atenção a arquitetura dos prédios locais: poucos pavimentos, cores suaves e agradáveis e as varandinhas simples, que completam de forma harmoniosa o desenho dos edifícios. Em alguns prédios percebe-se uma linha sinuosa feita pela sequência de varandas, enquanto em outros destaca-se um vai-e-vém de sacadinhas bastante interessante. Più belo.
No dia seguinte fomos à Pompeia, mais uma vez por meio da Circunvesiana chegamos à cidade aterrada pela lava do Vesúvio em 24 de agosto de 79. No ano de 62, o desastre já era anunciado em virtude do terremoto que sacudiu a região e destruiu várias construções, diversas delas ainda em reparos quando a erupção aconteceu.
Pompéia – as ruínas – é um labirinto de pedras e construções destruídas que nos leva a um passado distante de mais de 2000 anos atrás. Caminhar pelas ruas é difícil – e imagino que também o era naquela época – pois a pavimentação é composta de pedras lisas, grandes e irregulares. Nos pontos das ruas que se encontravam entre as calçadas, existiam pedras ainda maiores para facilitar atravessar de uma calçada à outra. Difícil imaginar carroças trafegando pelas ruas e faz-se alguma ideia da confusão de pessoas, animais e transportes que deviam cruzar de um lado para outro. As próprias calçadas se situam num nível bem mais elevado em relação às ruas, o que deveria trazer mais dificuldade ao deslocamento das pessoas.
A visita às ruínas foi feita, a maior parte do tempo, sob tempo seco. No entanto, antes e depois (na verdade, no final de nossa visita) da estada em Pompeia choveu bastante. Pude perceber como a água se acumulava em certos pontos das ruínas, o que deveria ser mais um transtorno à vida dos cidadão daquela época.
É estranho sentar-se em locais preservados por mais de 2000 anos, olhar ao redor e ver uma enorme praça que servia como ponto de confraternização e manistações das pessoas. Templos em homenagem a diversos deuses greco-romanos e imperadores também eram comuns. Entrávamos pelos restos do que seria uma casa e víamos o interior dos cômodos e um jardim que ficava na parte de trás. O jardim era adornado por enormes colunas que rodeavam uma piscina, o que parecia ser a distração principal para os que residiam ali. Havia também ruínas de teatro e uma arena de gladiadores. Depois de um tempo, cansa-se de ver tantos exemplos semidestruídos dos edifícios e casas da época. Menos comuns são os exemplares de corpos preservados pelo aterramento da cidade. Pessoas contorcidas e em posição de defesa, cujos corpos foram imortalizados pela lava do vulcão. Triste destino desses anônimos passar à história dessa forma.
Como de costume, passamos pela lojinha de lembranças das ruínas e comprei um livro que conta a história de Pompeia e mostra em desenhos sobrepostos como era e o que existe hoje do que sobrou. Ótimo passeio e muitas fotos também.

Roberto

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