sábado, 7 de agosto de 2010

Corrida IV

Alguma coisa estava muito errada, pois meu pé inchava e eu não conseguia correr mais de dez minutos na esteira sem sentir dor. Parei durante três dias e na volta, os mesmos sintomas. Após a consulta com o ortopedista, a ressonância magnética mostrou uma fratura de estresse no pé. Três meses sem correr e treinos somente de pedal. No final da recuperação, voltei correndo na água, um método chamado deep running (acho que é isso..). Aproveitei esse período e também troquei de treinador, pois estava insatisfeito com as orientações passadas. Aos poucos fui voltando a correr e a dorzinha inicial no peito do pé foi cedendo até sumir de vez. Ufa, que alívio!
Um dos primeiros conselhos que eu tive nessa minha nova fase foi evitar correr o tempo inteiro no asfalto. Os quenianos têm uma longa bagagem de corridas em terra batida antes de passar ao piso duro. Existem provas específicas em trilhas chamadas de competições de cross-country. Os treinos em trilha são bons até mesmo entre uma temporada e outra de um atleta de elite. O impacto nos pés é menor, estimula a propriocepção e demanda um esforço diferente e maior do que aquele necessário no asfalto. No caso de amadores que treinam rotineiramente, a terra batida ou grama é ótima para fazer o grosso dos treinos, obviamente devemos ter uma rodagem no asfalto também, mas idealmente com kilometragem menor.
Em qualquer atividade física, mas principalmente as aeróbicas, o monitor cardíaco deve ser seu companheiro de trabalho. Ele ajuda a treinar na frequência cardíaca adequada ao esforço pedido num dado período do treinamento. Não se treina no máximo o tempo inteiro e tampouco há utilidade em realizar treinos muito leves. O assunto é complexo e não abordarei isso aqui, mas existem zonas de treinamento adequadas para cada organismo e objetivo de treino e o monitor é fundamental nessa mediação.
Especificamente para corredores há um outro acessório que é o pedômetro eletrônico que funciona por gps ou por um dispositivo inercial que emite sinais. Cada um tem suas vantagens e desvantagens: o gps não funciona em áreas cobertas e o pedômetro inercial precisa estar sempre configurado para o tênis e piso em que se está treinando. É um aparelho ótimo porque permite fazer uma leitura em tempo real do seu ritmo de corrida, velocidade e distância percorrida. Quando acoplado ao monitor cardíaco torna-se uma ferramenta muito útil (continua...)

Roberto

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