segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Troca


Outro belíssimo filme de Clint Eastwood que passou nos cinemas no ano anterior e não pude assistir. Ainda bem que existe o DVD.
Na minha humilde opinião Clint Eastwood é um dos melhores diretores americanos em atividade. Nos seus filmes não há excessos, modismos, elocubrações etc. Os filmes tocam o espectador pela sutileza com que os temas são abordados, pela imparcialidade com que o diretor filma, pela capacidade de mesclar diversos assuntos polêmicos e atuais numa história simples, de raízes americanas e que evolui sem que percebamos o turbilhão de interconexões que vão se formando. É fantástico. O que emociona em seus filmes são os pequenos detalhes, muitas vezes imagens que transmitem o que diversas páginas de um livro não seriam capaz de descrever. A cena em que a protagonista procura pelo filho que sumiu de casa é de uma sensibilidade muito grande. Ela abre a porta da geladeira e um sanduíche na prateleira está intocado. O advogado que assume a causa da protagonista gratuitamente e ganha como bônus uma propaganda enorme pela repercussão do caso (isto não é abordado no filme, mas conclui-se pelo que aconteceu e passa-se a entender porque ele não quis honorários); o pastor tradicionalista que assume como uma missão ajudar a personagem principal. A descrição da época, década de 20, pelas imagens é sensacional. A recriação do modo de vida das pessoas e os pensamentos que predominavam na época é muito instigante.
Mais uma vez ele dá um show, assim como aconteceu em Cartas de Iwo Jima/Conquista da Honra, Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Gran Torino, Pontes de Madison, Imperdoáveis etc. Só é preciso sensibilidade para se deixar levar por uma história bem contada.

Roberto

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