quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Londres III

No terceiro dia de viagem fomos a Windsor, cidade onde existe o castelo da família real e que está localizada a 30 minutos de viagem de trem da capital inglesa. O percurso começa na estação de Paddington, no mesmo bairro onde estamos hospedados, e os trens saem em intervalos curtos e regulares. Da estação de Windsor pode-se ir a pé até o castelo real. O bilhete de entrada dá direito a um audioguia que nos conduz pelo interior do castelo. Por ser habitado e receber convidados regularmente há um esquema de segurança rigoroso em torno dele. O passeio dura em torno de uma hora e meia e podemos conhecer o exterior e as salas com finalidades diversas. Tudo é muito suntuoso e bem cuidado, pois os aposentos recebem a família real normalmente. Lembro que na visita que fiz há mais de 10 anos não pude conhecer os aposentos porque uma parte do castelo havia sido destruída pelo fogo. Atualmente essas alas foram reconstruídas e ficaram com um aspecto de novo em folha, no entanto muita coisa é réplica do que existia. Os tetos foram todos reconstruídos na parte destruída pelo incêndio e ficaram com um aspecto que embeleza bastante o restante da construção. A visita é muito instrutiva e o interior do castelo é deslumbrante, impressiona mais que o palácio de Versalhes. O castelo era um antiga fortaleza e situa-se num local alto da cidade. O comércio local gira em torno da estação de trem e do castelo, não há nada mais além disso.
No retorno para Londres fomos a Oxford Street comprar algumas coisinhas para Valentina. A rua é uma vida de mão dupla, apinhada de gente para todos os lados. Nos horários de pico há engarrafamento de pessoas para atravessar algumas ruas. Há lojas para todos os gostos, desde as que trabalham com grifes famosas, lojas de departamento, outras que lidam com marcas populares e até uma loja enorme de brinquedos que eu nunca vi igual. São diversos andares com brinquedos de todos os tipos.
O londrino é um sujeito que está sempre com pressa, nos horários de início e fim de expediente, eles passam como um foguete por você. Lidam com o turista de forma cordial e tudo é precedido por um please, excuse me e termina com um thank you ou have a nice day. Não há grosserias gratuitas ou respostas mal educadas. É um povo fechado, percebo isto porque no interior dos vagões do metrô, quase todos estão lendo jornais, livros ou papeis do trabalho ou então estão mexendo no celular. Parece ser um mecanismo de defesa para não terem que interagir uns com os outros. Raramente se encontra alguém falando ao telefone celular no interior do vagão, quando isso ocorre eles falam bem baixinho. Ao embarcar nos trens, os que estão fora esperam todos que estão dentro desembarcarem primeiro. Realmente, em certos aspectos não me sinto um peixe fora d´água aqui, como acontece no Brasil...

Roberto

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