domingo, 21 de fevereiro de 2010

Replicadores

Susan Blackmore, num dos capítulos do livro "This Will Change Everything" coloca uma interessante questão. A primeira forma de se replicar uma informação em nosso planeta foi através dos genes, cujas características eram - e são - passadas adiante por meio de veículos, no caso plantas e animais. Até que um desses animais se desenvolveu a tal ponto, que ele próprio se tornou capaz de replicar informações, copiá-las e passá-las adiante. Por meio de máquinas copiadoras, telefone, computadores etc isso se tornou possível. No entanto, hoje vivenciamos a terceira geração de replicadores, que podem fazer as mesmas coisas de forma independente. Como? O que é o Google, ferramenta de procura? Ele depende dos comandos de procura para apresentar uma informação, mas é ele quem determina os resultados. A mesma coisa aconteceu quando comprei um pacote de viagem no mês passado. Quem me apresentou o hotel onde iria ficar hospedado - e do qual não gostei - foi o sistema de procura e marcação de reservas da agência de viagem virtual. Verdadeiramente, esse "terceiro replicador" já faz parte das nossas vidas. Como em outros capítulos do livro, a autora faz conjecturas acerca do que acontecerá no futuro quando esse terceiro replicador não precisar do ser humano para copiar e repassar as informações. Assim como, o que acontecerá quando os computadores conseguirem simular os processos inteligentes do ser humano e posteriormente ultrapassá-lo. A barreira principal é alcançar o nível de inteligência humana, pois a partir daí especula-se que as máquinas serão capazes de aperfeiçoamentos infinitos em direção a superinteligência. Parece coisa de ficção científica, Exterminador do Futuro ou coisa parecida, mas são questionamentos pertinentes, apesar de absurdos no momento atual.

Roberto Mogami

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