quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Foz do Iguaçu


No feriado do carnaval viajamos para Foz do Iguaçu onde aproveitamos para conhecer as cataratas e a usina de Itaipu.
A viagem de ida foi tranquila e em cerca de 1 hora e meia já estávamos em Foz do Iguaçu. O aeroporto fica fora da cidade, a cerca de 20 min de carro, e a impressão que se tinha no desembarque é que ninguém viajava para ali. Comparado aos aeroportos do Rio e SP era um verdadeiro marasmo. De táxi, chegamos ao hotel rapidamente e fomos surpreendidos com a qualidade das instalações que eram péssimas, realmente fui enganado pelo que vi na internet...
O tempo não estava ajudando, mesmo assim demos uma saída para jantar e conhecemos um chileno que era dono de uma pousada e agência de turismo localizados próximos ao hotel. Marcamos o transporte de van para a visita do lado argentino das Cataratas. Esta atração turística pode - e deve - ser conhecida de ambos os lados da fronteira. No Brasil, a visão das quedas é mais restrita, no entanto mais panorâmica. Ficamos de frente para as cataratas. No lado argentino pode-se fazer a pé vários passeios e conhecer as cataratas de diversos ângulos. A visão mais impressionante deste lado é a queda conhecida como Garganta do Diabo. No lado brasileiro, o deslocamento até a trilha das cataratas é feito de ônibus.
Ambos os parques são bem organizados, o brasileiro talvez mais estruturado, mas o argentino mais interessante. No interior dos parques há várias atrações pagas, mas a que possui mais fama é o passeio de barco até as quedas. Pode-se fazer esse passeio tanto pelo lado argentino quanto pelo brasileiro, mas na fronteira argentina é mais barato. O barco passa quase debaixo das quedas e toma-se um verdadeiro banho. Uma adrenalina muito grande. Depois percorremos o rio até a entrada de uma trilha que atravessamos de caminhão, com a descrição da flora e fauna por um guia do parque.
Os restaurantes no interior dos parques são muito caros dos dois lados. Aliás, qualquer coisa é muito cara: a água, souvenirs, passeios etc. A melhor forma de se pagar as despesas nos restaurante é usando os cartões de créditos que são aceitos em ambos os lados da fronteira.
Bem, no primeiro dia conhecemos o lado argentino do parque e no dia seguinte, o brasileiro. Nesta ocasião formos por conta própria, pois estávamos hospedados ao lado do terminal de ônibus e ali havia transporte direto para o parque e a usina. Muito cômodo. Além de ser mais barato, viajar nesses ônibus nos poupa o tempo de passar pelas aduanas, pois eles circulam livremente pelas fronteiras. Caso estivéssemos de táxi ou ônibus de turismo teríamos que ficar numa fila enorme e descer para entregar nossos documentos, na ida e volta.
Após a visita ao parque brasileiro, aproveitamos a tarde para conhecermos do Duty Free argentino de Puerto Iguassu. É uma área livre de impostos - um mini shopping center - que vende os produtos que encontramos nos outros Duty Frees, talvez com um pouco mais de variedade e espaço para comprar.
Não quisemos conhecer Ciudad del Este no Paraguai, acho que não tínhamos tanto tempo assim e já havíamos gasto dinheiro no Duty Free.
A última parte das visitas foi dedicada à hidrelétrica de Itaipu. O passeio é muito bem organizado e guiado por dois funcionários da Usina. Primeiro assistimos a um vídeo informativo e depois fazemos a visitação externa a bordo de um ônbus. No final, conhecemos a parte interna do complexo.
Itaipu é administrado por uma empresa binacional - brasileira e paraguaia. O capital inicial da empresa foi dividido meio a meio entre o governo brasileiro e paraguaio, cem milhões de dólares. Na época conseguiram-se diversos empréstimos de 7 bancos brasileiros e outros 3 estrangeiros, a um custo de 12 bilhões de dólares. Até o momento, já pagamos os juros da dívida e o montante que falta, estima-se que seja quitado em 2023.
A hidrelétrica é constituída por 3 barragens - uma delas feita de concreto - que formam o lago de Itaipu. A água sai do lago e passa por diversos tubos enormes que a conduzem para dentro do sistema que gira as turbinas. De lá, o volume de água retorna para o leito normal do rio.
É tudo monumental em Itaipu e as explicações são muito didáticas. Com certeza, as atrações turísticas de Foz têm uma estrutura muito profissional, bem diferente do que acontece no RJ.
Quase me esqueci de comentar sobre uma outra atração de primeiro mundo que existe ao lado do parque brasileiro: o Parque das Aves, um enorme viveiro com espécies de vários lugares do Brasil e do mundo. Caminha-se por diversas trilhas que nos conduzem aos viveiros e em diversos deles podemos entrar e ver as aves bem de pertinho. É muito parecido com uma atração em Montreal chamada Biodôme, só que melhor pois é tudo original, ao contrário da atração canadense que precisa de uma estufa para manter o ecossistema.
Quanto à cidade propriamente dita, não vimos vestígios de carnaval ali. Segunda-feira era um dia normal em Foz e parece que houve um desfile de escolas perto do centro. Pela tv pude ver a escola campeã: parecia um bloco melhorado, com alegorias de dar vergonha ao que encontramos no Rio. De resto, Foz é muito convencional e com pouquíssimas coisas para fazer.

Fotos da viagem em http://www.flickr.com/photos/mogami/

Roberto

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